top of page

 

Os Encontros da ACP

 

por Ana Lúcia Palma

Os Encontros da Abordagem Centrada na Pessoa são exatamente isso. Encontros. Encontros entre pessoas que utilizam os referenciais da ACP para trabalhar, estudar, ensinar, viver. As pessoas se encontram para contar umas às outras sobre o que têm vivido, pessoal e profissionalmente. E para se conhecer, se reconhecer e se reconfirmar como pessoas! 

 

Há muito o que fazer em um Encontro. De um modo geral, temos optado por ter momentos vivenciais e momentos teóricos, sendo que, não raro, no decorrer do tempo, uns se tornam outros, e tudo vira uma só experiência. Vivência do teórico, vivência do vivido, teoria de vivências, teorias das teorias. Tudo organizado do jeito que decidirmos lá, e que, num primeiro momento pode parecer um grande caos, uma grande desorganização, mas que aos poucos vai se transformando na concreta construção de uma comunidade, por essa mesma comunidade. 

 

Esta tem sido a forma como eu percebo que temos escolhido nos Encontrar.

 

É importante que saibamos que nós, os participantes, é que teremos que fazer o trabalho de nos organizarmos, mas em compensação, não seremos guiados, nem conduzidos… Não teremos que fazer nada que não desejemos, mas teremos que aprender a escolher como usar a nossa liberdade de fazer ou não fazer.

 

Muito provavelmente seremos cuidados, mas não tutelados! Poderemos cuidar, também, se desejarmos, mas não teremos a obrigação de fazer isso, se não quisermos, ou se tivermos de cuidar de nós mesmos naquele momento.

 

E tem palestras? Bem, não são bem palestras… Temos tido apresentações de trabalhos por e para nossos pares!! Ali, o medo se reduz um pouco, e a abertura para o outro é bem frequente… Ah!, sim, somos informais! Não nos preocupamos muito com Fôrmas (com o “O” fechado), ficando bastante livres quanto às formas…. (com o “O” aberto). E aí, podem ser propostas diversas formas, conforme o apresentador se sinta mais à vontade.

 

Há também momentos em que gostamos de estar todos juntos, reunidos num grande GRUPÃO, sem que ninguém fique nos mandando dizer isso, aquilo, ou calar. Nesses momentos, procuramos nos escutar, uns aos outros.

 

Também conversamos juntos sobre os processos de desenvolvimento dos nossos Encontros e da própria ACP. É um grande exercício de liberdade, de tomar riscos, de viver consequencias… E nem sempre é tudo um mar de rosas.

 

Esta é a forma como percebo os Encontros da ACP, e acho que não é muito longe da realidade. Os últimos, foram mais ou menos assim. Das próximas, vamos ver como o grupo de participantes vai decidir. Nos sentimos muito livres para mudar de idéia!

 

Você reparou que eu falei em “temos feito”, “temos escolhido”, “temos optado”? É porque é isso mesmo. Temos feito assim, todos os participantes juntos. Não temos certeza absoluta sobre como será o próximo, mas ao longo do tempo, esta forma de nos encontrar tem sido muito boa e criativa, o que nos permite imaginar que talvez continuemos fazendo assim. Mas lá é que a gente vai ver…

bottom of page